29/08/2011 - 12:43
Estudo oferece oportunidade para estudar mais a fundo as bases genéticas e biológicas por trás desse grave transtorno de humor
Celulas-tronco desenvolvidas a partir da pele de adultos com transtorno bipolar estão fornecendo aos pesquisadores da University of Michigan, nos Estados Unidos, uma oportunidade para estudar mais a fundo as bases genéticas e biológicas por trás desse grave transtorno de humor. Os cientistas acreditam que serão capazes de vincular novas descobertas – por exemplo como a expressão do gene é afetada por diferentes medicamentos – aos dados clínicos e demográficos dos doadores das células.
“Atualmente, os melhores tratamentos para transtorno bipolar são eficazes apenas entre 30% e 50% dos pacientes. As novas descobertas nessa área têm sido limitadas, devido à falta de acesso a tecidos e células de indivíduos com transtorno bipolar.” diz o professor Melvin McInnis, da University of Michigan Medical School.
As novas linhas celulares foram feitas a partir de fibroblastos da pele retirados de amostras doadas por voluntários adultos com e sem transtorno bipolar. No laboratório os cientistas podem manipular essas células de pele para que elas se comportem como células-tronco pluripotentes induzidas (iPSC). “Muitas vezes pensamos que as células-tronco poderiam ser utilizadas em terapias para tratar o transtorno bipolar. Este é um grande exemplo da utilidade do estudo das células-tronco em pessoas com a doença. As células iPSC se renovam, por isso são uma fonte ilimitada de material, oferecendo uma esperança para pessoas com esse transtorno”, diz O’Shea.
Ainda assim, os pesquisadores advertem que novos tratamentos estimulados por este trabalho podem estar ainda a uma década ou mais de distância.
Fonte: Portal Isaude