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Um homem casado pela segunda e ultima vez, um filho, disposto a compartilhar experiências, ouvir sugestões, falar das coisas que acredita, do amor, trocar informações sobre as formas que arranjou de lidar com á depressão e a bipolaridade e todos os seus desdobramentos, disposto a ouvir, ser ouvido, perdoar e ser perdoado, completamente disposto em fazer novas amizades, aberto para reformas, para reestruturações de sua própria humanidade...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Transtorno Bipolar tem cura?






Transtorno bipolar tem cura? Infelizmente não! E não tem porque é uma doença crônica (doença crônica em medicina quer dizer que é para vida inteira). Isso é o mesmo que dizer que transtorno bipolar não tem cura, assim, como outras doenças crônicas, como exemplo, diabetes, algumas doenças reumáticas e por aí vai... Embora transtorno bipolar do humornão tenha cura é uma doença que tem "controle", e, talvez dentre as doenças crônicas mentais é a que apresente o maior número de "ferramentas" para que isso aconteça com êxito.


Há cerca de 20 anos nós não tínhamos muitas escolhas (quer dizer os médicos e profissionais de saúde mental, não tinham tantas opções para tratamento...), hoje o quadro é diferente. E será ainda mais nos próximos anos. Se eu indago: - "transtorno bipolar tem cura"? E a resposta é radicalmente um "não", talvez, eu repensarei isso brevemente. Isso porque definitivamente eu sou muito "otimista"! Claramente eu acredito que se a indústria farmacêutica não dificultar nenhuma pesquisa na área de terapias genéticas e estudos em nanotecnologia (por exemplo), eu não tenho menor dúvida que nós chegaremos a cura! 

Fato é que estamos avançando, e, se não temos a cura para o transtorno bipolar do humorpara anunciar no Bipolar Brasil ainda, ao menos, eu estou certo que estamos vivenciando um momento que bipolares de décadas passadas não viveram. As medicações que estão presentes nos dias atuais são extremamente interessantes para o tratamento, os antidepressivos, por exemplo, são modernos ao ponto (se bem utilizados) não induzirem "viradas maníacas" tão facilmente como antes. Estabilizadores de humor, eficazes, já estão no mercado (e estão para chegar alguns mais eficazes ainda). Tudo aponta que nós bipolares temos a disposição "possibilidades" e "esperança" de irmos em frente! E se temos, que façamos uso disso, que possamos descobrir o que "funciona" conosco e vamos em frente!

Transtorno bipolar tem cura? Alguns dizem que sim...

Transtorno bipolar tem cura? Bem, não tem cura mesmo, entretanto nessas andanças na internet não tem como não se deparar com "promessas" de cura. E não tem como não ignorar outros pontos de vista. Eu definitivamente não preciso "concordar" com quem diz quetranstorno bipolar tem cura certo? E também ninguém precisa concordar comigo quando eu digo que transtorno bipolar não tem cura, certo? Mas, óbvio que eu não posso ficar omisso a isso... Eu não posso ficar omisso porque a ação voluntária do Bipolar Brasil é em primeira instância "responsável", e em segunda instância "contrária" a disseminação de "ilusões" e "sonhos". Quando eu digo isso, eu me refiro claramente às pessoas que "apregoam" a cura do transtorno bipolar do humor na internet. Isso é "ilusão", ou, na melhor das hipóteses: "vender sonhos". E acho portanto isso uma grande irresponsabilidade, por motivos muito bem claros: pessoas com transtorno bipolar do humor precisam de tratamento IMEDIATO e ponto. Há riscos de MORTE envolvidos em SURTOS PSICÓTICOS (que por sinal são apregoados por grupos que pregam a "suposta cura"), e, isso é SÉRIO!

Transtorno bipolar não tem cura e isso é sério!


Quem acompanha o Bipolar Brasil, ou melhor, quem me acompanha mais intimamente sabe que infelizmente nós perdemos (por conta de suicídio) amigos que eu fiz através do Bipolar Brasil neste ano e em 2009 (certo de que por outros motivos que não a pregação da cura de grupos na internet etc...) , entretanto, eu chamo atenção do amigo (a) leitor (a), que BIPOLARIDADE deve ser TRATADA (em ambos sentidos da palavra) com SERIEDADE. 

Conto a vocês um caso particular em que em um surto psicótico (eu acho que já contei em outro artigo, inclusive), eu fui confundido como um "sujeito" com uma "possessão demoníaca" (veja bem amigos, todo o respeito as religiões neste momento, ok?)... Eis, que ao contatar minha médica naquela situação (minha sogra, na ocasião fez o contato), foi receitada determinada medicação etc... em 2 horas, a situação estava NORMALIZADA. Não se trata de sonhos, ilusões e contos de fadas... Isso aconteceu comigo em 2008 (comigo, Willian autor do Bipolar Brasil, ok?). 

Medicamentos não podem ser "menosprezados", e, principalmente, não se deve "encorajar" pacientes a "vivenciar" crises a afim de quê isso possa lhe trazer a tal "CURA", pasmem! Transtorno bipolar tem cura? Não! Eu repito quantas vezes forem necessárias e desafio qualquer modelo teórico a me provar que tem... Absolutamente, não tem! Infelizmente não tem. E como eu disse no começo desse artigo: Eu sou otimista, e acredito que nós (seres humanos) teremos capacidade de encontrar a "resposta" e portanto a cura para a doença. Alias, para muitas outras doenças. O campo de pesquisas nesta área é promissor, e, eu tenho acompanhado de perto muitos estudos bons. Estamos numa fase excepcional, eu diria.

Enfim, transtorno bipolar não tem cura, mas temos hoje excelentes alternativas de tratamentos. No futuro próximo teremos mais alternativas (senão a cura efetivamente), e, nós bipolares podemos e devemos nos "entregar" ao tratamento sem medo e com confiança de que podemos colher bons resultados. Devemos estar atentos a "promessas" de curas "milagrosas", isso não existe (embora você não precisa concordar comigo, ok?). E por fim: estude muito a doença, é talvez a forma "curativa" (se é que podemos dizer assim) que podemos utilizar para aceitar nossa condição e vencer dia após dia o transtorno bipolar do humor. Aquilo que depender do Bipolar Brasil, e estiver ao meu alcance, eu me esforçarei para contribuir! E é claro: Eu conto com você nessa caminhada!

Juntos, podemos muito mais!

Will
WILL é Criador do Site BIPOLAR BRASIL - Notório defensor e divulgador da causa dos Portadores de Transtorno Bipolar de Humor em todo o Brasil.


Transtorno bipolar infantil explode nos EUA



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Diagnósticos do quadro em crianças aumentaram 40 vezes entre 1994 e 2003.  Pesquisadores apontam possíveis exageros em alguns casos.

O número de crianças e adolescentes norte-americanos em tratamento para transtorno bipolar aumentou 40 vezes entre 1994 e 2003, como relatam pesquisadores no estudo mais abrangente já feito sobre o controverso diagnóstico.
Segundo especialistas, é quase certo que o número tenha aumentado desde 2003.
Muitos especialistas defendem a tese de que a elevação seria reflexo de uma situação em que os médicos estariam aplicando o diagnóstico às crianças de modo mais incisivo e não acham que a ocorrência do transtorno tenha aumentado.
Contudo, a magnitude do aumento surpreendeu muitos psiquiatras. Segundo eles, é provável que isso intensifique a discussão sobre a validade do diagnóstico, que sacudiu a psiquiatra infantil.
O transtorno bipolar se caracteriza por oscilações extremas de humor. Até relativamente pouco tempo, achava-se que ele surgia quase exclusivamente na fase adulta. No entanto, na década de 90, os psiquiatras começaram a procurar com mais atenção pelos sintomas em pacientes mais jovens.
Alguns especialistas afirmam que a maior conscientização, comprovada no aumento do número de diagnósticos, permite que as crianças portadoras do transtorno obtenham o devido tratamento.
Outros dizem que o transtorno bipolar é falso positivo, ou seja, incorretamente diagnosticado quando não está presente. O termo bipolar, como afirmam os críticos, tornou-se o diagnóstico da ordem do dia, um conceito vago aplicado a quase toda criança de personalidade explosiva e agressiva.
Após a classificação das crianças, acrescentam os especialistas, elas são medicadas com remédios psiquiátricos fortes com poucos benefícios comprovados em crianças e com possíveis efeitos colaterais graves como ganho rápido de peso.
No estudo, pesquisadores de Nova York, Maryland e Madri analisaram uma pesquisa do Centro Nacional de Estatísticas em Saúde referente às consultas no consultório, focada em médicos em práticas particulares ou em grupo. Os pesquisadores calcularam a quantidade de consultas em que os médicos registraram o diagnóstico de transtorno bipolar e descobriram que eles aumentaram, de 20.000 em 1994 para 800.000 em 2003, cerca de 1%.
A difusão do diagnóstico representa prosperidade para os fabricantes de remédios, ressaltam alguns psiquiatras, porque os tratamentos, em geral, incluem remédios que podem ser de três a cinco vezes mais caros do que os receitados para outras doenças como depressão ou ansiedade.
“Acho que o aumento demonstra que a área está amadurecendo em se tratando da identificação do transtorno bipolar em crianças, mas a enorme polêmica reflete o fato de que não amadurecemos o suficiente”, declarou John March, diretor de psiquiatria infantil e adolescente da faculdade de medicina da Universidade de Duke, que não participou da pesquisa.
“Do ponto de vista do desenvolvimento”, explicou March, “simplesmente não sabemos com qual precisão podemos diagnosticar o transtorno bipolar ou se aqueles que são diagnosticados aos 5, 6 ou 7 anos serão adultos portadores da doença. Esse rótulo pode ou não refletir a realidade.”
A maioria das crianças enquadradas no diagnóstico não desenvolve as características clássicas do transtorno bipolar em adultos como a mania, como descobriram os pesquisadores. Elas têm muito mais probabilidade de se tornarem depressivas.
O aumento torna o transtorno mais comum entre as crianças do que a depressão clínica, segundo os autores. Os psiquiatras fizeram quase 90% dos diagnósticos, e dois terços dos pacientes mais novos eram meninos, como mostra o estudo, publicado na edição de setembro do Archives of General Psychiatry. Cerca de metade dos pacientes foi identificada como portadora de outras complicações mentais, com mais freqüência o transtorno do déficit de atenção.
Os tratamentos para crianças quase sempre incluem remédios. Cerca de metade recebeu medicamentos antipsicóticos como o Risperdal da Janssen ou o Seroquel da AstraZeneca, ambos desenvolvidos para o tratamento da esquizofrenia. Um terço foi receitado com os chamados estabilizadores de humor, com mais freqüência o remédio para epilepsia Depakote. Antidepressivos e estimulantes também eram comuns. A maioria das crianças tomou uma combinação de dois ou mais remédios e quatro em cada 10 foram tratadas com psicoterapia.
FONTES:  Benedict Carey Do ‘New York Times’ em PORTAL G